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segunda-feira, 14 de maio de 2012

Nova certificação do Inmetro traz mais qualidade a EPIs

A data de 21 de setembro de 2007, quando foi definido o Acordo de Cooperação Técnica entre o INMETRO (Ins­ti­tuto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) e MTE (Ministério do Trabalho e Em
prego), marcava uma mudança significativa para os fabricantes dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e trabalhadores. Mas, após quase cinco anos da nova regulamentação que centralizou a avaliação para emissão dos CAs (Certificados de Aprovação) por parte do MTE no âmbito do INMETRO, percebe-se que o sistema ainda engatinha e deve levar mais alguns anos ainda para, efetivamente, virar prática para toda a gama de EPIs.

Desde os capacetes de segurança, primeiros equipamentos a serem certificados com o selo do INMETRO, em maio de 2008, pouca coisa mudou. Atualmente, além do capacete, apenas peça semifacial filtrante para partículas (PFF),luvas isolantes de borracha e luvas de procedimentos cirúrgicos e não cirúrgicos fazem parte do sistema. O próximo da lista deve ser o EPI para Proteção Contra Quedas, que teve o RAC (Regulamento de Avaliação de Conformidade) enviado para consulta pública no dia 22 de março. Fazem parte deste escopo cinturões de segurança, dispositivos trava-queda e talabarte de segurança.

Conforme o MTE, para um produto ser considerado EPI, precisa estar enquadrado no Anexo I da NR 6. "É todo dispositivo ou produto, de uso individual, utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a Segurança e a Saúde no Trabalho", detalha o chefe substituto da DIPAC (Divisão de Programas de Avaliação da Conformidade) do INMETRO, Leonardo Rocha.

São eles: capa­cete, capuz ou balaclava, óculos, ­prote­tor facial, máscara de solda, protetor auditivo, respirador purificador de ar não moto­rizado (PFF e outros), respirador purificador de ar motorizado, respirador de a­dução de ar tipo linha de ar comprimi­do, respirador de adução de ar tipo más­cara autônoma, respirador de fuga, ves­timen­tas, colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem portando arma de fogo, luvas, creme protetor, man­ga, braçadeira, dedeira, dedeira para proteção dos dedos contra agentes abrasi­vos e escoriantes, calçado, meia, perneira, calça, macacão, vestimenta de corpo inteiro, equipamento de proteção contra quedas com diferença de nível composto por dispositivo trava-queda e cinturão.

RAC

Rocha explica que a publicação do RAC (Regulamento de Avaliação de Conformidade) é condição obrigatória para que o produto faça parte do sistema do INMETRO. Segundo ele, cada vez que um RAC é publicado, o instituto de metrologia estabelece prazos para que determinado EPI se adapte ao novo processo. "Para aqueles EPIs que estão sujeitos à Certificação no SBAC (Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade), o certificado de OCP (Organismos de Certificação de Produtos) é pré-requisito para solicitar o CA ao MTE, bem como a manutenção ou renovação da certificação é pré-requisito para a sua permanência", esclarece.

Data: 10/05/2012 / Fonte: Revista Proteção

MTE publica portarias que alteram as NRs 18 e 34


Brasília/DF- O Diário Oficial da União publicou hoje, 9 de maio de 2012, a Portaria nº 317, de 8 de maio, que altera a Norma Regulamentadora nº 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval. Segundo o texto, pode ser autorizada a execução de trabalho em altura em condições com ventos superiores a quarenta quilômetros por hora e inferiores a cinquenta e cinco quilômetros por hora, desde que atendidos alguns requisitos.

Outra alteração diz respeito à autorização para execução de trabalho em altura utilizando acesso por cordas em condições com ventos superiores a quarenta quilômetros por hora e inferiores a quarenta e seis quilômetros por hora, desde que atendidos os requisitos da norma.

Também foi publicada hoje a Portaria nº 318, de 8 de maio, que altera a Norma Regulamentadora nº 18. Entre as modificações, nas edificações com, no mínimo, quatro pavimentos ou altura de 12m a partir do nível do térreo devem ser instalados dispositivos destinados à ancoragem de equipamentos de sustentação de andaimes e de cabos de segurança para o uso de proteção individual a serem utilizados nos serviços de limpeza, manutenção e restauração de fachadas.

Data: 09/05/2012 / Fonte: Redação Revista Proteção

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Dalazen pede prioridade para casos de acidente de trabalho

Data: 03/02/2012 / Fonte: TST

A importância da difusão e da adoção mais abrangente de procedimentos referentes ao Programa de Prevenção de Acidentes de Trabalho marcou o discurso do presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro João Oreste Dalazen, na reunião de ontem (2) do Colégio de Presidentes e Corregedores de Tribunais Regionais do Trabalho (Coleprecor). Ele lembrou a recomendação de prioridade de julgamento de ações de indenizações por danos morais e materiais decorrentes de acidentes de trabalho.

O ministro enfatizou a necessidade do registro, nas decisões judiciais, quando haja condenação da empresa, da determinação de expedição de ofício ao INSS, para que a instituição previdenciária possa ajuizar ação civil regressiva - que visa ao ressarcimento, por parte das empresas responsáveis pelos acidentes, aos cofres públicos das despesas realizadas no tratamento dos acidentados. Esse procedimento, segundo o ministro, levaria as empresas a se convencerem de que o acidente implica custos.

Ao salientar a necessidade de engajamento e mobilização em torno do programa de prevenção, o presidente do TST anunciou que participará de ato no estádio do Maracanã para marcar a divulgação do programa na indústria de construção civil, onde há o maior índice de acidentes de trabalho. Informou sobre a assinatura hoje (3) de protocolos com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Paulista, que vão aderir ao programa. Quanto à relevância dessas adesões, lembrou que no segmento das instituições financeiras há uma elevada incidência de doença ocupacional.

CNDT

Na reunião, Dalazen disse aos presidentes e corregedores dos TRTs que a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT), cuja apresentação tornou-se obrigatória para que empresas participem de licitações públicas, pode ter sua abrangência estendida. Ela já vem sendo pedida em alguns cartórios de registro civil em casos de divórcio consensual, em processos de terceirização e em operações financeiras do BNDES. Nesse sentido, informou que o TST e a Corregedoria Nacional de Justiça estudam a possibilidade de que esta emita uma recomendação a todos os cartórios para que passem a exigir a certidão em outras situações. O objetivo é reforçar seu papel como instrumento de combate às fraudes à execução, geralmente configuradas por meio da venda ou a transferência de bens (principalmente imóveis) para evitar que sejam penhorados para pagar dívidas.

Alagoas firma convênio para prevenir acidentes com produtos perigosos

Alagoas irá realizar um mapeamento de risco ambiental de acidentes com produtos perigosos em um trecho da BR 101, do município de São Miguel dos Campos a Messias. O objetivo é preparar, capacitar, integrar e otimizar os sistemas de atendimento de emergência, para responder de forma rápida e eficaz aos acidentes. A iniciativa será realizada por meio de um convênio de cooperação, publicado na terça-feira (17) no Diário Oficial da União entre o Ministério do Meio Ambiente e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
Segundo a diretora de Vigilância em Saúde Ambiental, Elisabeth Rocha, esse é o primeiro convênio do estado na área, que visa promover ações de prevenção, preparação e resposta rápida a acidentes ambientais com produtos químicos perigosos e se propõe a trazer mais segurança para toda a comunidade.
“Iremos mapear todo o trecho estudado, identificando população do entorno, recursos hídricos, sítios frágeis, áreas de preservação ambiental, entre outros, de forma a prevenir a ocorrência de acidentes com produtos químicos perigosos e aprimorar o sistema de preparação e resposta a emergências químicas na rodovia”, afirmou Elisabeth Rocha. Segundo ela, o convênio conta ainda com a parceria da Secretaria de Defesa Civil (Sedec), do Instituto do Meio Ambiente (IMA) e da Secretaria de Planejamento (Seplande). Esta última apoiará o convênio na confecção dos mapas georeferenciados da área em estudo.
Na próxima terça-feira (24), será realizada uma reunião com os parceiros para discutir as etapas e metas do convênio que já está em execução. “O convênio promoverá capacitação de todos os profissionais envolvidos, aquisição de equipamento para análise ambiental, de proteção individual e de primeiros atendimentos a emergência químicas, além de veículo equipado para esse tipo de evento. Na sequência, será realizado o levantamento de dados georeferenciados e a avaliação e hierarquização dos riscos”, informou a diretora.
Durante o levantamento dos dados haverá estudo dos produtos que circulam na rodovia, quais os danos podem causar ao ambiente e a saúde humana, além de proposição de implantação de protocolos de atendimentos ao setor saúde. “Estamos elaborando, de forma integrada, o plano de ações a emergência químicas e futuramente devemos ampliar este mesmo estudo em outras rodovias do Estado”, afirmou.
De acordo com Elisabeth Rocha, a Diretoria de Vigilância em Saúde Ambiental atua em situação de desastres naturais e tecnológicos. “Nosso trabalho é promover a estruturação e implementação do plano, a articulação e proposição de parcerias com órgãos públicos e privados, visando prevenir e evitar os desastres e acidentes com produtos químicos perigosos”, concluiu. (Fonte : Agência Alagoas - 18/01/2012)

Pré-sal promete aquecer mercado de EPC em Óleo & Gás

Grandes obras agregam, recorrentemente, um planejamento complexo, que vai desde a escolha e compra dos suprimentos até a construção, passando pela engenharia envolvida. No setor de Óleo & Gás, um mercado se destaca por conseguir centralizar as demandas dos projetos em uma só empresa. É o caso dos “EPCistas”, como são conhecidas as companhias que fornecem às operadoras, de forma integrada, os serviços de Engenharia (E), Suprimentos (Procurement, em inglês) e Construção (C).
Presentes em plantas petroquímicas e refinarias, entre outras áreas, as empresas de EPC devem crescer, mais acentuadamente, na parte de módulos, tanto para plataformas quanto para FPSOs (embarcações de produção e armazemamento de petróleo). É o que aposta o presidente do Centro de Excelência em EPC, Antonio Muller, se baseando nas demandas do pré-sal. “Vai ser um segmento muito grande. Com os orçamentos tanto das empresas estrangeiras quanto da Petrobras, a grande área hoje em dia é a offshore”, afirma.
Muller explica que pode ser feito EPC dentro de uma refinaria como a Regap (planta da Petrobras localizada em Minas Gerais), em uma carteira de gasolina, por exemplo. Outro caso citado pelo presidente são as unidades de coque do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), além dos sistemas de proteção contra incêndios do empreendimento fluminense.
“A vantagem é estar entregando (o serviço) a uma empresa que conhece bem a modalidade. A operadora conhece de operar o empreendimento”, justifica o presidente do CE-EPC. De acordo com Muller, dessa forma, a estrutura de Recursos Humanos diminui sensivelmente, já que as grandes companhias contratantes podem enxugar sua mão de obra, transferindo seu contingente de profissionais. “Os Epcistas têm a mão de obra intensa”, diz.
Fortalecimento
O CE-EPC trabalha baseado no tripé EPCistas, Operadores e Universidades, com foco no aumento da produtividade, melhoria e qualificação de pessoal. Muller destaca companhias como Odebrecht, Andrade Gutierrez, UTC, Promon, Tridimensional e Skanska; e Petrobras, Statoil e Shell – além do IBP, que representa o restante das operadoras – no escopo de trabalho do centro. “O futuro é tornar as empresas EPCistas internacionais, para competir fora do país”, conclui.
(Fonte: NN - 23/1/2012)

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Desabamento em obra mata um operário e fere 11 em SP


Data: 12/01/2012 / Fonte: G1 SP

São Paulo/SP - O secretário de Estado da Cultura, Andrea Matarazzo, mandou interditar nesta quinta-feira (12) o canteiro de obras de uma Fábrica de Cultura em Vila Nova Cachoeirinha, Zona Norte de São Paulo. A estrutura desabou durante a tarde, matando um operário e ferindo outros 11. Por precaução, Matarazzo também pediu a paralisação de outra construção de uma Fábrica de Cultura em Cidade Tiradentes, na Zona Leste.

De acordo com a corporação, o acidente aconteceu por volta das 15h30 no canteiro situado na Avenida General Penha Brasil, altura do número 2.500. As duas obras serão paralisadas porque estão sendo tocadas pela mesma empresa, segundo o secretário da Cultura. "O projeto é parecido, queremos saber quais são todos os procedimentos [de segurança] e analisar onde está o problema."

"Teve um problema técnico que a empresa tem que nos explicar. Vamos apurar com rigor o que aconteceu. Determinamos à empresa responsável pela obra que dê assistência ao rapaz que morreu e aos feridos", disse o secretário. Ele visitou no fim da tarde o local do desabamento.

Segundo os bombeiros, os operários estavam no último andar do prédio quando uma laje cedeu. Ele disse que os homens caíram de uma altura de 27 metros. "Ela tem que dar um relatório do que ocorreu. Sabemos que uma laje não tem problemas à toa", acrescentou Matarazzo.

Segundo o coordenador da Defesa Civil Municipal, Jair Paca de Lima, o prédio ficará interditado até que a Polícia Técnico-Científica faça a perícia. Engenheiros vão avaliar o imóvel. Ele disse que há risco de novos desabamentos, principalmente por causa da chuva que vem atingindo a região.

"A empresa pode sofrer desde multa até desabilitação. Depende do relatório que a empresa apresentar e da apuração que a secretaria fizer junto ao Crea [Conselho Regional de Engenharia e Agronomia]", afirmou Matarazzo. A pasta pediu para a empresa um relatório preliminar, que deve ser entregue até sexta-feira (13), informando os problemas que ocorreram.

Resgate
O capitão Raimundo Ramos Júnior, que participou do resgate, afirmou que os trabalhos foram dificultados pelo risco de novos desabamentos. "Os soldados precisaram escorar as edificações para que elas não cedessem."

Três das vítimas foram encaminhadas ao Pronto-Socorro do Hospital Geral de Vila Penteado e outras três, para o Pronto-Socorro do Hospital Geral Vila Nova Cachoeirinha. A Secretaria de Estado da Saúde informou que os pacientes no Vila Penteado passavam bem. Dois deles, com 22 e 31 anos, receberam alta. Por volta das 18h40, o outro ferido, de 41 anos, permanecia em observação.

Os pacientes no Cachoeirinha estavam no setor de emergência. Dois deles, com 20 e 23 anos, sofreram politraumatismo com traumatismo craniano. O terceiro ferido, de 35 anos, também sofreu traumatismo encefálico e aguardava resultado de tomografia.

Inauguração
De acordo com a Secretaria de Estado da Cultura, o prédio tinha previsão de inauguração em abril. Cada unidade recebe um investimento de R$ 12,5 milhões na construção. A obra começou em outubro de 2009. No total, 60 operários trabalham lá. No momento do acidente, porém, apenas dez pessoas estavam no canteiro. A estrutura que desabou foi a laje do teatro.

Já há em funcionamento três unidades da Fábrica de Cultura: em Itaim Paulista, na Vila Curuçá e em Sapopemba. Os prédios oferecem ateliês de formação cultural para crianças e jovens de 8 a 19 anos, além de apresentações e espetáculos para toda a comunidade.

Segundo a pasta, cada prédio tem quatro instalações: teatro, sala multiuso, biblioteca e salas de formação específica (dança, teatro, circo, música, artes plásticas e salas destinadas ao incentivo à leitura).

Seis equipes dos bombeiros foram enviadas ao local. O helicóptero Águia, da Polícia Militar, também foi acionado. A área foi isolada. Além dos bombeiros, equipes da Defesa Civil, Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, Samu e PM ajudaram no resgate dos feridos.

No momento do acidente, de acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), chovia de forma moderada na Vila Nova Cachoeirinha.

Foto: Reprodução/TV Globo

Portaria do MTE altera anexo da NR 28

Data: 13/01/2012 / Fonte: Redação Revista Proteção

Brasília/DF - O Diário Oficial da União (DOU) publicou, no dia 12 de janeiro, a Portaria mº 298, de 11 de janeiro de 2012, da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT). Ela altera o Anexo II da Norma Regulamentadora nº 28 (NR 28), que trata da fiscalização do cumprimento das disposições legais e/ou regulamentares sobre segurança e saúde do trabalhador.

A portaria insere, altera e revoga códigos de ementa e respectivas gradações de infrações, referentes a NR 12 (Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos), NR 15 (Atividades e Operações Insalubres), NR 18 (Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção) e NR 31 (Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura).

Fator Acidentário de Prevenção 2012 está em vigor

Neste ano, de 1.008.071 empresas, integrantes de 1.301 subclasses de atividades econômicas, 91,2% (919.718) serão bonificadas na aplicação do FAP, sendo que deste total, 799.862 terão a maior bonificação possível, 0,5, e poderão ter o seu RAT (Riscos Ambientais do Trabalho/Seguro Acidente) reduzido pela metade.

Com a divulgação do FAP (Fator Acidentário de Prevenção) 2012, o Ministério da Previdência Social e da Fazenda oficializou o início do terceiro ano em vigor do mecanismo que flexibiliza o seguro acidente, a fim de compensar as boas empresas que investem em Segurança e Saúde Ocupacional e punir as que apresentam índices negativos no respectivo segmento. A Portaria nº 579/2011, que estabelece os índices de frequências, gravidade e custo por CNAE (Classificação Nacional das Atividades Econômicas) para calcular o FAP, foi publicada no dia 26 de setembro.
Neste ano, de 1.008.071 empresas, integrantes de 1.301 subclasses de atividades econômicas, 91,2% (919.718) serão bonificadas na aplicação do FAP, sendo que deste total, 799.862 terão a maior bonificação possível, 0,5, e poderão ter o seu RAT (Riscos Ambientais do Trabalho/Seguro Acidente) reduzido pela metade. Apenas 88.353 empresas terão aumento na alíquota de contribuição ao Seguro Acidente em 2012, pois apresentaram acidentalidade superior à média do seu setor econômico. Segundo a Previdência, o fator acidentário foi atualizado com base no histórico de acidentalidade de 2009 e 2010, processado em 2011 e com vigência para 2012.
Para o cálculo do fator acidentário, são consideradas informações específicas de cada contribuinte que pode aumentar ou diminuir o valor do SAT (Seguro Acidente de Trabalho), que é de 1%, 2% ou 3%, conforme o grau de risco da atividade das empresas, classificados em leve, médio e grave. O FAP varia de 0,5% a 2%, sendo que o enquadramento de cada empresa depende do volume de acidentes, o que pode fazer com que a alíquota de contribuição possa ser reduzida à metade ou dobrar de valor.
Desde a edição passada, o FAP tem procurado um equilíbrio no cálculo de frequência, gravidade e custo de toda a acidentalidade. "Com a metodologia imposta pela Resolução 1.316, buscou-se ampliar a bonificação das empresas. Os resultados gerais mostram a consistência desta nova sistemática, que bonifica aqueles que não tiveram acidentes no último ano e cobra mais daqueles que sonegaram informações do FAP. Ou seja, aqueles que subnotificarem suas ocorrências, consequentemente, pagarão mais", esclarece o diretor do Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional do Ministério da Previdência, Remígio Todeschini.

Contestação
Assim como ocorreu na última edição do FAP, as empresas que se encontraram impedidas de receber FAP inferior a 1, por apresentarem casos de morte ou de invalidez permanente, tiveram a chance de contestar o resultado. Para isto, elas precisaram comprovar, mediante formulário eletrônico devidamente preenchido e homologado durante o mês de outubro, a realização de investimentos em recursos materiais, humanos e tecnológicos em prol da segurança do trabalhador. O mesmo processo foi realizado pelas empresas que estiveram impedidas de receber FAP inferior a 1 por apresentarem Taxa Média de Rotatividade acima de setenta e cinco por cento, que, para este caso, tiveram que comprovar que observaram as normas de Saúde e Segurança do Trabalho em casos de demissões voluntárias ou término da obra.
Já aquelas que quiserem contestar administrativamente o FAP atribuído pelo MPS a sua empresa por divergirem dos elementos previdenciários utilizados para a obtenção deste valor, foram contempladas com um prazo maior. Para estas, a contestação deverá ser feita entre 1º e 30 de novembro também via preenchimento de formulário eletrônico que se encontra disponível no portal do Ministério da Previdência Social (www.previdencia.gov.br) e da Secretaria da Receita Federal do Brasil (www.receita.fazenda.gov.br).
Todeschini só reforça que a contestação não deve conter alegações de ilegalidade e constitucionalidade. "Não há nenhuma decisão que contrarie a Lei 10.666. Além disto, do ponto de vista legal e constitucional, o FAP está sólido. Por isto, só serão avaliados aqueles casos em que a CAT emitida não é da empresa ou se aquele benefício acidentário não pertence à empresa", aponta.

Fonte: Revista Proteção
Publicado em: 23/12/2011

sábado, 7 de janeiro de 2012

Chevron é autuada novamente pela ANP por vazamento

A petroleira americana Chevron foi autuada pela terceira vez pelo órgão regulador brasileiro em decorrência do vazamento do campo de Frade, na Bacia de Campos (RJ).
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) constatou que a empresa não cumpriu o plano de desenvolvimento do campo apresentado à reguladora.
Antes de perfurar poços, as petroleiras são obrigadas a apresentar planos à agência, com detalhes técnicos sobre operações a serem realizadas, como estudos geológicos e de perfurações de poços.
Em entrevista à Reuters na semana passada, a diretora da ANP Magda Chambriard disse que o projeto do poço perfurado teria funcionado perfeitamente não fosse uma falha que não havia sido comunicada à reguladora no mesmo projeto.
A Chevron já havia sido autuada por não ter cumprido o plano de abandono do poço por onde vazou petróleo e também por ter omitido imagens solicitadas pela reguladora.
Procurada, a Chevron informou que vai se manifestar mais tarde sobre o tema.
O valor da multa da ANP ainda não foi revelado. O valor total das multas deve superar 100 milhões de reais. A ANP deve soltar ainda nesta sexta-feira uma nota com mais informações.
A empresa americana também foi notificada pela agência por não ter declarado a ocorrência de enxofre em um campo de produção.
Além das multas da ANP, a Chevron enfrenta ainda multas do Ibama, ação civil pública do estado do Rio de Janeiro, e inquérito apresentado pela Polícia Federal por causa do acidente no campo de Frade. (Fonte: G1 - 31 / 12 / 2011)

Japão inaugura 1º centro de descontaminação em Fukushima

O governo japonês inaugurou nesta quarta-feira (4) o primeiro centro destinado à descontaminação das zonas afetadas pela alta radiação na cidade de Fukushima, a central que abriu a crise nuclear no Japão em 11 de março.
O Ministério do Meio Ambiente japonês confirmou que o escritório terá em um primeiro momento 70 funcionários e servirá para coordenar o governo com as administrações locais envolvidas na limpeza das áreas com alta radioatividade nuclear, informou a agência local de notícias Kyodo.
A descontaminação das áreas afetadas, incluída a zona de exclusão com raio de 20 km em torno da usina nuclear de Fukushima Daiichi, começará no fim de janeiro embora até o fim de março não será feita limpeza de grande escala.
O trabalho deverá começar pela limpeza de estradas e sistemas de abastecimento de água e eletricidade e em março a descontaminação de casas e terrenos agrícolas.
Em meados de dezembro, o governo detalhou que os maiores obstáculos serão obter as permissões dos cerca de 80 mil deslocados pela crise nuclear para limpar suas casas e plantações, assim como a dificuldade de encontrar armazéns temporários para armazenar a terra radioativa.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente japonês, espera-se que o número de trabalhadores do escritório de Fukushima aumente dos 70 iniciais para cerca de 210 em abril para enfrentar os meses de maior trabalho.
No início de dezembro, entrou na zona de exclusão o primeiro contingente de militares para começar a limpeza dos escritórios municipais, com o objetivo de deixá-los prontos para servirem de bases para os trabalhos de descontaminação.
A usina nuclear de Fukushima foi gravemente danificada pelo tsunami de 11 de março, que paralisou os sistemas de refrigeração e abriu a pior crise nuclear dos últimos 25 anos.
(Fonte: Folha - 05 / 1 / 2012 )